segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Domingo


04-08-2013. Estádio Jornalista Mário Filho.


Esse dia não foi muito feliz. 

A cantoria do metrô não fora o bastante pra conter a minha tristeza em ver que não era permitido beber. Andei um bom chão, e nada de camelô. Talvez fosse pra conter as brigas, o que é estranho, afinal, não parece ser essa a intenção quando se coloca lado a lado as bilheterias de dois rivais em dia de clássico. Mas a gente tinha a vantagem de ter vários funcionários nos ensinando a subir as rampas, e um empolgadíssimo animador em certa altura da subida, embora eu até agora não saiba o porquê de tudo isso.

Primeiro, atrás do lugar de onde eu estava, tinha um grupo de crianças holandesas, pertencentes a algo patrocinado pela Nike. Apesar disso, sempre gosto de ver os gringos indo às nossas arquibancadas. Até cheguei a citar isso aqui blog certa vez (http://issoefutebolrj.blogspot.com.br/2012/03/danish-spirit.html). Mas naquela ocasião, os dinamarqueses ficaram de pé, como se faz no país que eles estão visitando. Mas infelizmente, estamos numa infeliz época. As crianças se sentaram. Até aí, nenhum problema para qualquer torcedor ali presente. Até que um brasileiro pediu pra que os torcedores sentassem. É, eles estavam querendo mandar na casa do torcedor carioca. Aí já é exagero. O pior ainda estava por vir. Um senhor, irritado com a situação, mandou que ele chamasse um "steward". Eis que aparece, minutos depois, um daqueles cidadãos de amarelo. Trazidos, é claro, pelo pelo rapaz preocupado com o bem estar dos turistas.







Coitados, não ia durar um minuto num Ajax x Feyenoord. O que estamos fazendo com nossas crianças?


Estava nervoso. Saí dali, praguejando. Parei de pé em outro lugar. Um PM veio reclamar. Eu só pensei ser mais um daqueles infelizes de amarelo, e virei xingando. Acho que tanto eu como o tal PM ficamos igualmente assustados. Não sei se por aquele motivo ou por simples atitude normal dele, fui muito bem tratado. Ele explicou com educação que aquele era um lugar de escoamento caso alguém passasse mal. Nem toda a educação do mundo, porém, fora suficiente para justificar o injustificável. Se alguém passasse mal, ia depender muito mais da boa vontade dos torcedores do que daquele tipo de área.

Aqui está, o valoroso feudo a ser defendido.
Eu não conseguia canta o "Ih, f...., o Maraca é meu todinho". Acho que os reais donos nem lá estavam. 

Ato de vandalismo


Na saída, mais problemas. Iria beber, mas desisti, porque a cerveja ainda era zero. A saída foi esparsa, em outra oportunidade até poderia ser um convite à violência. Sigo perdido, ainda não achei o Maracanã. 

0% alcohol.

 

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